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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Teste // Hyundai Sonata 2.0




Há fila por um Sonata nas concessionárias Hyundai. Segundo uma apuração feita entre as principais autorizadas de São Paulo, no início de fevereiro, o tempo de espera é de 60 a 90 dias. E olha que o belo sedã está longe de ser uma pechincha: a versão 2.4 custa 105 000 reais na tabela e não há um único real de desconto. Atenta aos movimentos do mercado, a marca cuidou de homologar uma versão mais mansa, com motor 2.0, cuja estreia deve acontecer somente quando a demanda pelo 2.4 se igualar à oferta. Avaliamos, com exclusividade e na pista, a novidade da Hyundai.

Esteticamente e em conteúdo, o Sonata 2.0 é absolutamente igual ao 2.4. Por um lado, isso é boa notícia, afinal é difícil encontrar alguém que não se encante pelas linhas sinuosas e futuristas da carroceria sedã-cupê, assim como pelo pacote completo, com direito a ar-condicionado automático de dupla zona, som completo, ABS, airbags frontais, laterais e de cabeça, controle de estabilidade, bancos elétricos e rodas aro 18. Por outro, não abre espaço para imaginar um preço muito inferior a 100 000 reais - de novo, o Grupo Caoa se negou a falar o preço oficial. Uma fonte ligada à marca aposta na chegada do Sonata 2.0 ainda no primeiro semestre. Versões menos equipadas (e mais baratas) só estariam nos planos a partir do segundo semestre de 2012.

Com 165 cv de potência e 20,2 mkgf de torque - no 2.4 são 178 cv e 23,3 mkgf -, o motor 2.0 não proporciona ao Sonata a dinâmica sugerida pelas linhas fluidas da carroceria. Na pista, como esperado, o futuro lançamento apresentou números modestos: 0 a 100 km em 12,4 segundos e retomadas de velocidade em 5 (40 a 80 km/h), 6,4 (60 a 100 km/h) e 8,2 segundos (80 a 120 km/h). Com motor 2.4, o Sonata fez as mesmas provas em 10,1 segundos (0 a 100 km/h) e 4,2, 5,5 e 7,1 segundos, respectivamente. A contrapartida do menor fôlego surge na hora de abastecer, uma vez que o 2.0 foi mais econômico que o 2.4 tanto no ciclo urbano (9,4 contra 8,2 km/l) quanto no rodoviário (14,1 ante 11,8 km/l) - ambos são movidos exclusivamente a gasolina.

O câmbio automático tem seis marchas e opção de troca sequencial por meio de borboletas atrás do volante. Eficiente, explora bem o motor, minimizando os efeitos da sua força limitada. De quebra, ainda proporciona certa esportividade à condução.

VEREDICTO

Se o Sonata 2.4 já não apresentava desempenho empolgante, com o 2.0 a carência de potência e torque é ainda mais perceptível. Se a diferença entre eles ficar mesmo em cerca de apenas 5000 reais, fique com o topo de linha.

FICHA TÉCNICA

Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros
Cilindrada: 1 998 cm3
Diâmetro x curso: 86,0 x 86,0 mm
Taxa de compressão: 10,5:1
Potência: 165 cv
Torque: 20,2 mkgf
Câmbio: automático sequencial de 6 marchas, tração dianteira
Dimensões: comprimento, 482 cm; largura, 184 cm; altura, 147 cm; entre-eixos, 280 cm
Peso: 1 508 kg
Peso/potência: 9,14 kg/cv
Peso/torque: 74,65 kg/cv
Suspensão dianteira: independente, McPherson
Suspensão traseira: independente, multilink
Pneus: 225/45 R18
Consumo urbano: 9,4
Consumo rodoviário: 14,1
0 a 100 km/h: 12,4
0 a 1000 m: 33,6
Retomada 40 a 80 em 3ª (ou D): 5
Retomada 60 a 100 em 4ª (ou D): 6,4
Retomada 80 a 120 em 5ª (ou D): 8,2


Por Péricles Malheiros | Foto: Christian Castanho

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