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quarta-feira, 4 de maio de 2011
Dicas de Usados Audi TT
Com sua pegada esportiva, o pequeno cupê alemão arrebatou corações pelo design único e pela dirigibilidade
Para alguns o automóvel dá prazer em dobro: quando se está dentro, ao volante, e quando os outros estão fora, admirando o carro - e invejando seu dono. Se você se enquadra nesse perfil e tem um pé na esportividade, o Audi TT deveria figurar na sua lista de desejos sobre quatro rodas. Apesar da idade, sua primeira geração ainda provoca suspiros por onde passa. Dotado de uma beleza peculiar, chegou ao Brasil em 1999, em duas versões: 180 cv com tração dianteira ou 225 cv com a tração integral Quattro. Ele foi baseado na plataforma PQ-34 (a mesma do Golf de quarta geração), solução técnica que não satisfez os mais críticos, mas que foi capaz de cativar admiradores, principalmente após a chegada da versão conversível Roadster, em 2000.
A elegância simples de suas linhas, o acabamento primoroso (com diversos detalhes de alumínio) e o ótimo desempenho dos motores 1.8 turbo seriam suficientes para garantir seu sucesso, mas foi a dirigibilidade herdada do Golf que fez sua fama. Apresentada no primeiro semestre de 2007, a segunda geração enfim correspondia à esportividade evocada graças a alterações na mecânica. O monobloco usava mais alumínio, o que o deixava mais leve e rígido. Nos carros de tração dianteira, a suspensão traseira é multilink, abandonando o limitado eixo de torção.
Seu motor 2.0 TFSI inaugurava no Brasil a injeção direta, melhorando o consumo e a elasticidade. Entre os avanços, recebia o câmbio automatizado S-tronic (com dupla embreagem e seis marchas) e amortecedores eletrônicos Magnetic Ride. Em 2010, chegaria o TT-S, com um 2.0 de 272 cv e tração integral.
"A segunda geração representou um salto muito grande na evolução do carro", diz Thiago Marinho, dono da Marinho Imports, loja e oficina especializada em Audi. "O motor de 2 litros é menos sensível à perda de potência por aumento de temperatura no cofre, os freios são mais bem dimensionados e o aerofólio passou a ser do tipo retrátil. Segundo Marinho, não existe uma versão do TT que seja um mico: "Todas as versões do TT sofreram grande depreciação, por isso são muito valorizadas por quem as mantém, já que a manutenção e as peças desses carros são caras".
NÓS DISSEMOS
Novembro de 1998
"Ao se acomodar no banco, de cara você percebe que está dentro de um esportivo: a linha da porta fica acima do ombro, a alavanca do câmbio é curta e o volante, de três raios. Como olhar não mata a vontade, pusemos o carro na estrada. Dada a partida, vem a certeza: passar algum tempo ao volante do TT é como estar em um playground. É pura diversão. O carro é ágil e seguro. Guiá-lo na chuva é um privilégio. O controle eletrônico de tração evita que patine nas curvas. E os pneus largos o deixam grudado no chão. (...) Rapidamente ele bate os 220 km/h. Mérito do motor 1.8 com 180 cv de potência."
PREÇO DOS USADOS (EM MÉDIA)
TT (180 cv)
2000: 74 807
2002: 82 402
2004: 102 400
2006: 113 609
TT Quattro (225 cv) 2000: 75 702
2002: 91 296
2004: 106 324
2006: 116 508
TT Quattro Roadster (225 cv)
2000: 92 518
2002: 100 736
2004: 111 202
2006: 127 735
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PREÇO DAS PEÇAS
Amortecedor dianteiro
Original: 2552
Pastilhas dianteiras (jogo)
Original: 533
Farol dianteiro (cada um)
Original: 13 230
Lanterna traseira (cada um)
Original: 1173
Para-choque dianteiro
Original: 6 122
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PENSE TAMBÉM EM UM...
Mercedes-Benz SLK
Você está em dúvida entre o TT cupê ou roadster? Que tal considerar a compra de um Mercedes-Benz SLK? Ele vai de cupê a conversível com o simples toque de um botão. Seu motor de quatro cilindros e 2,3 litros com compressor mecânico tem respostas mais lineares, sem o comportamento arisco dos motores turbo. Mesmo tendo um desempenho dinâmico mais neutro (quando o carro não sai de frente nem de traseira), é mais indicado para quem aprecia a esportividade da tração traseira ou mesmo para quem quer apenas desfilar desfrutando da versatilidade do teto rígido retrátil.
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ONDE O BICHO PEGA
Spoiler dianteiro: Verifique o estado geral. Como o carro é muito baixo, ele raspa com facilidade em rampas e saídas de garagem. Em alguns casos mais graves pode ocorrer a soltura do duto do intercooler (são dois na versão Quattro), o que compromete a pressurização do turbo.
Acabamento das rodas: A pintura do aro costuma descascar sem motivo aparente, mesmo nos carros pouco rodados. Em geral a solução é a troca da roda, raramente encontrada na rede autorizada.
Computador de bordo: É um problema crônico dos Audi: as linhas da tela de cristal líquido não suportam bem o calor brasileiro, tornando a leitura quase impossível. O conserto chega a 11 000 reais na rede autorizada, mas há especialistas em painéis eletrônicos que fazem o serviço por 900 reais.
Travamento das portas: O travamento central não é elétrico e sim pneumático. Verifique o funcionamento das travas: se elas não estiverem funcionando, talvez tenha de trocar a bomba a vácuo, que custa 2 500 reais.
Relê do indicador de direção: Costuma apresentar defeito com frequência. Trata-se de uma peça cara (300 reais) e exclusiva, não compartilhada com o Audi A3 ou VW Golf, portanto difícil de ser encontrada. Muitas vezes, só a importação independente resolve.
Por Felipe Bitu/Quatro Rodas
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