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terça-feira, 26 de julho de 2011

VW Gol BX: veja o grande gol da Volkswagen, feito em 1985, novo em folha

Alguns nem consideram o Gol um carro antigo, embora já existam alguns "placas pretas" circulando por aí.




O Portal Antigo Motors acompanhou o 2º Gol Fest e lá encontrou esta beleza! Ano de fabricação: 1985 com motor 1.6 a ar. Alguns nem consideram o Gol um carro antigo, embora já existam alguns "placas pretas" circulando por aí. O modelo arrojado, quadrado, para a época significou uma quebra de paradigmas e algumas expectativas mecânicas que nos primeiros anos não se cumpririam. Mas depois...

Ajustes daqui e dali foram feitos. Passados mais de 30 anos de seu lançamento é o carro de maior sucesso de vendas da montadora alemã em solo brasileiro, superando o recorde aparentemente imbatível do seu irmão de fábrica, Fusca. “Este é o verdadeiro Gol da Volks” brinca o motorista deste bem conservado exemplar. Pois é, a própria fábrica reconhece o resultado, sendo ela a patrocinadora do maior evento nacional dedicado a um único modelo.
“Fiquei fascinado pelo Gol quando em viajem com meu pai e um amigo dele andei em um. Era o primeiro carro zero em que passeava e como corria!” lembra-se o proprietário. O projeto foi idealizado para substituir o Fusca na linha de montagem, ainda na década de 1970, mas os caminhos foram outros.


Os primeiros projetos vindos da matriz não identificavam as necessidades brasileiras, como modo de dirigir ou mesmo as ruas e estradas. Portanto a equipe local de engenharia, depois de o diretor comprar briga com seus superiores, passou a se debruçar ainda mais sobre as pranchetas. O Projeto BX tinha plataforma do Pólo e inspiração no Golf, ambos alemães. Já o nome Gol partiu da estratégia de marketing, associando carros a esportes (Pólo, Golf, Derby), e qual seria a melhor pedida no país do futebol?


Tudo pronto e em 1980 chega às lojas os primeiros exemplares. Diga-se, não foi um sucesso de vendas logo de cara. “Ainda dispunha de motor a ar e os consumidores esperam uma solução mais moderna, que combinasse com seu design avançado e suspensão tipo Passat” comenta o especialista do Portal Antigo Motors.

Os motoristas pediam mais potência. A montadora atendeu aos pedidos incluindo um segundo carburador. O estepe alojado na dianteira do carro podia parecer um problema, mas bastou inverter a sua posição e ali em baixo, está a força extra. O cuidado mecânico da fábrica, que defendia a facilidade do motor a ar, era tanto que os carros saiam com lacre no motor. “Este carro nunca foi mexido mecanicamente, o lacre continua lá” nos mostra o motorista. Realmente raro de se encontrar.


A estrutura quadrada além de inovadora era inteligente. Pensando em preservar os ocupantes em caso de acidentes, a estrutura se deforma em caso de colisão. “Possui zonas de deformação programada, que vai amassando como a uma sanfona” explica o especialista.

A última leva dos modelos a ar é de 1985, mesmo ano em que foram lançados aqueles com motor a água. A missão do BX era servir de modelo de entrada, entenda mais acessível, cujas diferenças estão nas lanternas traseiras: não tinha luz de ré apenas lentes de cor laranja, a mesma dos piscas traseiros.

A grande virada na vida comercial aconteceu mesmo com o motor a água, o que para a marca significava aceitar aquilo que o mercado inteiro já fazia e ela defendia contra. Mas água mole em pedra dura... “A partir daí, começou a evoluir e poucos foram os anos em que o Gol não foi líder em vendas”.






Agradecimentos a Marcelo Paolillo
Texto: Antigo Motors/ Fernanda Lopes
Fotos: Antigo Motors/ Jocelino Leão

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