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quinta-feira, 17 de março de 2011

Obesidade e Redução de Estômago?

Obesidade e Redução de Estômago

Endocrinologista Alfredo Halpern fala sobre o assunto. Leia a história de Alexandre, que luta para emagrecer há 20 anos.

Obesidade e cirurgia de redução de estômago. O que é essa doença, o que ela provoca e quais as alternativas para as pessoas com o problema serão alguns dos temas abordados no programa daqui para frente. Quem esteve no estúdio para falar sobre o assunto foi o endocrinologista e consultor Alfredo Halpern.

O médico disse que a operação bariátrica é recomendada apenas para obesos graves, ou seja, pessoas que tentaram de tudo (dietas, remédios e exercícios) para perder peso e não conseguiram. Segundo Halpern, esses indivíduos são doentes e alguns têm até uma necessidade física do organismo, que pede muita comida.

Na edição desta quarta, foi apresentada a história de Alexandre Berthe, um advogado de 35 anos que luta para emagrecer há mais de 20. Quando bebê, era gordinho; na adolescência ficou magro e, então, voltou a engordar – e não parou mais.

Alexandre tentou perder peso de todas as formas, por meio de dietas e remédios, até que chegou ao limite: do peso (124 quilos) e da falta de qualidade de vida. Depois de atingir uma circunferência de cintura de 122 cm – quando o máximo deveria ser 94 cm – e um Índice de

Massa Corporal (IMC) 39 – uma pessoa já é obesa a partir de 34, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) –, o advogado decidiu passar por uma cirurgia de redução de estômago. Antes da operação, porém, ele vai enfrentar uma preparação física e mental rigorosa.

O principal problema de Alexandre é que ele não consegue mudar os hábitos que contribuem para a obesidade. Pela manhã, antes de trabalhar, bebe apenas um copo de água. Já no escritório, consome um pacote de bolacha e toma refrigerante. Sua primeira refeição de verdade ocorre somente depois do meio-dia.

Se forem somadas as horas de sono do advogado, ele passa mais de 10 horas sem comer. E um estômago vazio causa redução do metabolismo, pois o corpo se acostuma a gastar menos energia.

Por isso, quando ele consome biscoitos e refrigerante, o organismo segura as calorias porque acha que vai ficar sem receber comida por mais um longo período. É aí que a gordura se acumula.

Para completar, Alexandre não pratica nenhum exercício físico. Sua única atividade do dia é caminhar até o restaurante onde almoça. Quando chega em casa, antes do jantar e depois dos lanchinhos da tarde, ataca vários pães com manteiga e frios. Depois da janta, mais visitas à geladeira.

Mas essa rotina está com os dias contados. No próximo capítulo, Alexandre vai saber se tem autorização para fazer a cirurgia bariátrica e qual seria a dieta depois da operação.

No Brasil, 52% dos homens estão com IMC (calcule o seu) acima da média. Só no ano passado, o país realizou 60 mil cirurgias de redução de estômago, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Esse número representa uma alta de 275% em relação a 2003, ano em que foram coletados os primeiros registros.

Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mesmo com filas de espera de até oito anos - no Hospital das Clínicas, há atualmente mil pessoas na fila -, o número de cirurgias cresceu 23,7% entre 2007 e 2009, chegando a 3.681. Os números fazem do Brasil o segundo no ranking desse tipo de cirurgias, atrás apenas dos Estados Unidos, com 200 mil procedimentos em 2010.


Fonte: www.globo.com/bemestar

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