Magazine Luiza Recife

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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Rowan Atkinson, o Mr. Bean, deixa hospital após acidente de carro

Ator saiu em cadeira de rodas, pela porta dos fundos, e feriu apenas o ombro.
Na noite desta quinta-feira, ele bateu automóvel modelo McLaren F1.

O ator Rowan Atkinson, conhecido por interpretar o personagem Mr. Bean na série de mesmo nome, deixou nesta sexta-feira (5) o hospital onde foi atendido após sofrer um acidente enquanto dirigia um carro McLaren F1.

Segundo o site do diário britânico "The Guardian", Atkinson deixou o hospital em uma cadeira de rodas, pela porta dos fundos, e sofreu apenas um ferimento no ombro. O ator estava escoltado por guarda-costas e foi levado para casa em uma ambulância particular.


De acordo com a polícia local, Atkinson dirigia seu carro modelo McLaren F1, na região de Cambridgeshire, na noite desta quinta-feira, quando perdeu controle do veículo, que bateu em uma árvore e um poste de luz antes de pegar fogo. O ator de 56 anos teria conseguido sair do carro antes do início do incêndio.

Comprado por Atkinson em 1997, o esportivo McLaren F1 custou £650,000 (cerca de R$ 1,6 milhões) e tem velocidade máxima de 370 km/h. Em 1999, o ator já havia batido a traseira do carro.

Na semana passada, Atkinson se tornou "o piloto de carros mais veloz entre as celebridades", em uma gincana do programa da TV inglesa "Top gear".

O ator e comediante é conhecido no país por sua paixão pelo automobilismo e já participou de diversas competições locais. Entre os carros que tem na garagem estão um Ford Falcon, um Aston Martin V8 Zagato, um Renault 5 GT Turbo e a McLaren F1.

Nos episódios da popular série de televisão, no entanto, Mr. Bean dirige um compacto Mini 1000, fabricado pela a British Leyland.




Do G1.

Especialista descobre como arrombar carros com SMS

Don Bailey, consultor sênior em segurança na ISEC, empresa de consultoria em segurança e infraestrutura, diz ter descoberto como arrombar carros enviando SMS pelo celular. O americano demonstrou a habilidade durante a Black Hat Conference, em Las Vegas.

Por motivos de segurança, o consultor se recusou a revelar quais modelos ou fabricantes estão suscetíveis a essas invasões. Don revelou que o mesmo truque pode ser usado para invadir telefones, máquinas de atendimento e até sistemas industriais de hidroelétricas.

Bailey utilizou um software de rastreamento chamado Zoombak. O sistema funciona da seguinte maneira: o dispositivo deve ficar dentro do carro. Para encontrá-lo, você envia um SMS pelo celular ou email e recebe de volta a localização do veículo.

programa à base de GPS guarda informações como o histórico completo dos locais por onde o carro costuma passar. A cada cinco minutos, o Zoombak envia para o banco de dados a localização atual do veículo cadastrado. O consultor explicou que adaptar a tecnologia para modificar a trava dos carros foi fácil. Assim que viu a divulgação na TV, pensou “isso é perigoso, qualquer um pode invadir esse sistema”. Foi quando decidiu testar.

De acordo com Don, a invasão só funciona porque alguns componentes eletrônicos, como as travas elétricas dos carros aceitam sinais wireless que são vulneráveis a interferência. Bailey também disse que para proteger os carros definitivamente, os fabricantes deveriam comprar peças mais caras que garantiriam uma segurança mais efetiva.


Do G1.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Grandes Clássicos // BMW CS

Precursor do Série 6, o cupê começou agradando pelo design, mas ganhou fama ao virar um ícone das pistas - e da pintura



Os anos 60 marcaram a aurora da era atual da BMW. Foi nessa época que surgiram clássicos como o 1500 "Neue Klasse" (1962), o compacto 2002 (1968) e um cupê esportivo que faria história, o 2800CS (1968), projetado para enfrentar os similares da Mercedes-Benz.

Seu desenho básico era o mesmo de 2000C e 2000CS, de 1965, com carroceria Karmann. Porém os faróis horizontais destes, bem separados da tradicional grade em formato de rins, deram lugar aos duplos circulares, embutidos numa ampla grade horizontal. A frente e a traseira em perfil "tubarão", inclinadas nas extremidades, foram preservadas.

No entanto, mais importante que o novo visual, o que encantava era seu seis-cilindros em linha - dois a mais que nos 2000, com motores 2.0 de 100 ou 120 cv. A chegada do 2800CS, com um 2.8 de 170 cv em 1968, marcava o nascimento de um mito. Com forma e conteúdo alinhados, a BMW começava a escalada de potência que eternizaria o projeto.

O modelo ao lado é um BMW 2800CS (geração E9), de 1971, da última safra da versão. Nele, sobra espaço para as pernas na frente e falta atrás. As colunas finas facilitam a visibilidade, embora o longo capô dificulte um pouco as manobras. Em velocidades altas, a direção passa segurança e precisão. Sentem-se os impactos da pista sem exagero. Os engates do câmbio manual são precisos, curtos e fáceis. Um pouco arisco em primeira, o motor é progressivo e dócil nas marchas superiores, sempre com disposição de sobra. "O velocímetro em milhas às vezes é um problema. Facilmente se atinge velocidade superior à que se imagina", diz seu dono.

Ainda em 1971 foi apresentada uma nova evolução, cujo nome mudou para 3.0CS, com 180 cv. Com a injeção eletrônica Bosch opcional, o motor podia chegar a 200 cv - e empurrá-lo a 213 km/h. A suspensão dianteira também foi retrabalhada. De olho nas corridas, a BMW criou uma versão com peso menor, com portas e painéis da carroceria que trocavam o aço por uma liga mais leve, além de um motor de saltou de 2 985 para 3 003 cm3 (só para estar apto a competir), batizada de 3.0CSL (o "L" significava leve). Foi ela a responsável pela lenda em torno do modelo.

Para correr nas pistas, o 3.0CSL chegaria a preparações de quase 500 cv até 1976, inclusive com turbo. Recursos aerodinâmicos, como spoilers e aerofólios exagerados, explicam seu apelido Batmóvel. Como ao menos 500 unidades deveriam ser de rua para ele ser homologado para corridas, a BMW os vendia como kits para serem instalados se o dono quisesse.

Mas nem tudo eram cavalos e velocidade após a crise do petróleo de 1973. A versão 2.5CS de 150 cv veio em 1974 como opção mais comedida. No entanto, isso não apagou o mito em torno do 3.0CSL, que se encerrou em 1975, mas continuou vivo com a homenagem de artistas, que o transformaram em quadros ambulantes (leia ao lado). Hoje o legado de cupês de alto padrão vive na figura do atual Série 6.




Por Fabiano Pereira | Fotos: Marco de Bari

Grandes Brasileiros // Chevrolet Monza S/R

Mais que o visual esportivo, o hatch se diferenciava dos outros Monza pelas alterações mecânicas




Ao fim do ano-modelo 1980, o Opala SS teve sua produção encerrada e deixou saudades. Já sem Ford Maverick GT e Dodge Charger R/T, o mercado brasileiro de esportivos de série passou a dispor apenas de modelos médios, como VW Passat TS e Ford Corcel GT, e compactos com esportividade mais no visual que na essência, como o Fiat 147 Rallye. Os anos trataram de confirmar essa tendência, com a chegada do Ford Escort XR-3 e do VW Gol GT de 1984. A estreia do Monza S/R para 1986 reafirmava essa tradição.

Com quatro anos de mercado, o Monza hatch andava ofuscado pelo sedã, que era oferecido nas versões duas e quatro portas. Com o S/R, o hatch conquistava seu lugar ao sol com um visual diferenciado das versões mais simples. Faróis de milha, spoiler dianteiro, para-choques pretos com friso vermelho (e uma larga faixa mantendo o padrão nas laterais), rodas de liga leve com desenho exclusivo, retrovisores da cor do carro e aerofólio. Ele também foi o primeiro nacional a ter lanterna de neblina. Por dentro os bancos eram Recaro e a grafia dos instrumentos, vermelha. Vidros e retrovisores externos eram elétricos. Graças a um carburador de corpo duplo e um novo coletor de admissão, o S/R rendia 10 cv a mais que os demais Monza, 106 cv no total.

O escapamento com saída maior proporcionava um ronco mais encorpado, o câmbio foi encurtado (nas relações e na alavanca), os amortecedores ganharam rigidez e os pneus eram da série 60, em vez de 70. No primeiro teste com um exemplar de produção, em fevereiro de 1986, o S/R enfrentou seus dois rivais da VW, o Passat GTS e o Gol GT, todos a álcool. Apesar de ser o mais antigo dos três, o Passat levou a melhor.

O S/R chegou a 170,213 km/h e acelerou de 0 a 100 km/h em 12,17 segundos, a pior marca dos três, assim como a de consumo (6,51 km/l na cidade). "O Monza sente o handicap de um peso maior - o carro acusou, na balança, nada menos que 1 143 kg, contra 980 kg do Passat e 950 kg do Gol", dizia a reportagem. Em abril de 1987, era vez de o 2.0 ser avaliado pela revista. Agora seu motor era o mesmo dos demais Monza 2.0, mas o câmbio foi novamente encurtado.

As retomadas é que mais ganharam com isso. "De 40 a 120 km/h em quinta marcha, levou 24,98 segundos - quase 10 segundos menos que o SL/E, que demorou 34,76 segundos." Apesar do maior consumo, o motor funcionava redondo em todas as rotações. A estabilidade foi elogiada, assim como o painel completo e fácil de ler.

Para 1988, o Monza hatch só estava disponível como S/R. Ele voltava com nova grade, com frisos só horizontais e lanternas da versão Classic. É desse ano o exemplar fotografado, cedido pelo leitor Evandro Fraga, de Campinas (SP). O carro veio de Florianópolis (SC), onde seu último proprietário não tinha lugar na garagem para ele. Exposto ao tempo por dez anos, o Monza foi todo restaurado. O S/R de Fraga é da última safra, já que em 1989 o Kadett GS tomaria seu posto e renovaria o segmento, para logo se tornar o primeiro esportivo Chevrolet a contar com injeção eletrônica.








Por Fabiano Pereira | Fotos: Christian Castanho

Brasil terá boutique oficial da Ferrari



O Grupo Via Itália, importadora oficial da Ferrari no Brasil, anunciou nesta quinta-feira (28) o plano de inaugurar até o final do ano, no Rio de Janeiro, a primeira boutique oficial da marca no país. Na loja serão comercializados diversos produtos, como roupas e acessórios da grife. Uma consultoria foi responsável por definir o Rio como a primeira cidade brasileira a receber a 'Ferrari Store'.


'Ferrari Store' comercializa diversos produtos dos veículos da marca e da equipe de F-1.



Do G1.

Indenização pelo DPVAT cresce 36,4% no primeiro semestre

O total de indenizações pagas pelo seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) para vítimas de acidentes de trânsito no Brasil aumentou 36,4% no 1º semestre de 2011, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Foram feitos 165,1 mil pagamentos entre janeiro e junho de 2011, que representaram R$ 1,127 bilhão. No primeiro semestre de 2010, foram 121,8 mil pagamentos, em um total de R$ 977 milhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pela Seguradora Líder, administradora do DPVAT.

O total de pagamentos do primeiro semestre não significa que os acidentes tenham ocorrido no período, já que o acidentado ou herdeiro (quando o acidentado morreu) tem até três anos para dar entrada no seguro. No Brasil, todos aqueles que sofrem um acidente de trânsito têm direito a receber o seguro.Nos casos de morte, a indenização é única, no valor de R$ 13.500; vai até R$ 13.500 para invalidez permanente e até R$ 2.700 para reembolso de despesas médicas.

As indenizações pagas neste ano em decorrência de invalidez permanente corresponderam a 65% (107.403) do total, seguidas pelas despesas médicas, com 19% (30.814), e por morte, com 16% (26.894).

São Paulo foi o estado com a maior parcela de indenizações por morte,com 18%, seguido por Minas Gerais, com 10%, pelo Rio de Janeiro e Paraná, ambos com 7%.

A maior parte das mortes resultou de acidentes envolvendo automóveis (49%). No entanto, enquanto os carros correspondem a 61% da frota nacional, as motocicletas, que representam apenas 27%, foram responsáveis por 37% das indenizações pagas por morte. Levando-se em conta todos os tipos de indenização, a maior parte envolveu acidentes com homens (76%).

A Seguradora Líder DPVAT assinou hoje um convênio com os Correios para ampliar o atendimento nos Estados do Ceará, Piauí e Maranhão. Apesar de o Brasil contar com 5.565 municípios, haverá, mesmo depois do convênio, somente 1.775 pontos de atendimento do seguro DPVAT. Alguns em uma mesma cidade, caso das capitais. Segundo a seguradora, se o projeto-piloto funcionar, poderá ser estendido a outros estados, nos próximos meses.



Do G1.

Renault mostra o Twingo 2012

A Renault divulgou nesta quarta-feira (27) a primeira imagem do Twingo 2012 que será mostrado no Salão de Frankfurt, em setembro. O supercompacto lançado em 1993 passa por mais um facelift, adotando linhas da nova estratégia de design da marca, como as vistas nos conceitos Frendzy, elétrico que também estará no evento na Alemanha, e R-Space, visto em Genebra neste ano.



Em quase 18 anos de história, já foram vendidas mais de 3 milhões de unidades do menor modelo da gama Renault. A previsão é de que o Twigo seja em breve substuído por novo minicarro feito na mesma plataforma de um futuro quatro lugares da Smart.

Na única foto divulgada até agora, o carrinho aparece num tom de rosa. Em 2010, durante o Salão de Paris, ele já teve uma versão nessa cor, para a série especial Miss Sixty, feita em parceria com a marca de roupas. A edição vinha com porta-maquiagem e foi vendida na Europa.




Do G1.

Kawasaki passa a produzir modelo Ninja ZX-10R no Brasil

A Kawasaki Ninja ZX-10R, recém chegada ao Brasil, entrará para a linha de montagem na fábrica da marca no Pólo Industrial da Manaus, no segundo semestre deste ano. A versão 2011 conta com a opção dos freios ABS KIBS, passando a ser a primeira motocicleta de série com sistema de comunicação entre a centralina e o ABS, e permanece com o sistema S-KTRC.



O sistema S-KTRC oferece três modos de pilotagem: esportivo, esporte-urbano e para piso molhado.A tecnologia permite que a moto faça cálculos de acordo com a aceleração do motor, posição do câmbio e as velocidades.

Além disso o sistema também serve, basicamente, para monitorar as rotações das rodas, impedindo, principalmente, que a roda traseira perca o contato com o solo, levando a perda de controle da motocicleta.


O sistema de freios ABS KIBS (Sistema de antitravamento inteligente de frenagem Kawasaki) utiliza diversos sensores que faz integração para o monitoramento de dados das rodas dianteira e traseira e também monitora a pressão hidráulica da pinça frontal e a centralina de ignição, armazenando informações de posição do acelerador, giro do motor, atuação da embreagem e posição de marchas.

A Ninja ZX-10R possui 200,1 cavalos de potência máxima, torque de 11,4 kgfm a 11.500 rpm e motor de 998 cc quatro tempos de refrigeração líquida. O modelo nacionalizado já pode ser encontrado nas cores tradicional Lime Green (verde) e Metallic Spark Black (preto) ao preço sugerido de R$ 59.990,00 e R$ 63.990,00 equipado com freios ABS.




Do G1.

Conheça a Harley-Davidson WLA 1942 do ‘Capitão América’

O filme "Capitão América, O Primeiro Vingador" estreia nesta sexta-feira (29) nos cinemas brasileiros e promete chamar a atenção não apenas dos fãs de um dos primeiros super-heróis criados pela editora Marvel, mas também dos apreciadores das motocicletas clássicas.



O mocinho do longa, vivido pelo ator norte-americano Chris Evans (Tocha-Humana, do “Quarteto Fantástico”), enfrenta soldados do Exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial conduzindo uma histórica Harley-Davidson WLA 1942 utilizada pelo Exército americano, que passou a chamá-la de 'Liberator' (Libertadora).

De acordo com informações da marca, foram produzidas aproximadamente 70 mil unidades. Muitas delas foram parar na Rússia e também no Reino Unido. Ela era equipada com motor 739 cm³ de dois cilindros em ‘V’ que gerava cerca de 23 cavalos de potência a 4.600 rpm. A transmissão era mecânica de apenas três velocidades. Em termos de desempenho, a WLA 1942 atingia a velocidade máxima de 105 km/h.



A Harley-Davidson pesava apenas 257 kg e media 2,23 metros de comprimento (1,46 m de distância entre os eixos) e 1,01 m de altura. A curiosidade fica por conta do significado das letras WLA. O ‘W’ representava a família da motocicleta. Já o ‘L’ indicava a baixa (low) compressão. Por fim, o ‘A’ era da palavra Army – Exército em inglês.



Customização

Na realidade, a motocicleta utilizada no filme por Steve Rogers, ‘identidade verdadeira’ do Capitão América, não é uma Harley-Davidson WLA 1942 original. Para atender às exigências de Christopher Markus e Stephen McFeely, diretores do filme, a Salvaggio Automotive Design transformou cinco unidades do modelo Cross Bones na clássica motocicleta da primeira metade do século passado.

Algumas peças são originais e outras foram refeitas. Já a parte mecânica foi totalmente retrabalhada para resistir às cenas de ação – que são muitas. Todo o trabalho de customização foi concluído em setembro do ano passado.

Segundo a Harley, dois exemplares das motos utilizadas no filme ficarão expostos no museu da emblemática marca norte-americana na cidade de Milwaukee.



Do G1.

terça-feira, 26 de julho de 2011

VW Gol BX: veja o grande gol da Volkswagen, feito em 1985, novo em folha

Alguns nem consideram o Gol um carro antigo, embora já existam alguns "placas pretas" circulando por aí.




O Portal Antigo Motors acompanhou o 2º Gol Fest e lá encontrou esta beleza! Ano de fabricação: 1985 com motor 1.6 a ar. Alguns nem consideram o Gol um carro antigo, embora já existam alguns "placas pretas" circulando por aí. O modelo arrojado, quadrado, para a época significou uma quebra de paradigmas e algumas expectativas mecânicas que nos primeiros anos não se cumpririam. Mas depois...

Ajustes daqui e dali foram feitos. Passados mais de 30 anos de seu lançamento é o carro de maior sucesso de vendas da montadora alemã em solo brasileiro, superando o recorde aparentemente imbatível do seu irmão de fábrica, Fusca. “Este é o verdadeiro Gol da Volks” brinca o motorista deste bem conservado exemplar. Pois é, a própria fábrica reconhece o resultado, sendo ela a patrocinadora do maior evento nacional dedicado a um único modelo.
“Fiquei fascinado pelo Gol quando em viajem com meu pai e um amigo dele andei em um. Era o primeiro carro zero em que passeava e como corria!” lembra-se o proprietário. O projeto foi idealizado para substituir o Fusca na linha de montagem, ainda na década de 1970, mas os caminhos foram outros.


Os primeiros projetos vindos da matriz não identificavam as necessidades brasileiras, como modo de dirigir ou mesmo as ruas e estradas. Portanto a equipe local de engenharia, depois de o diretor comprar briga com seus superiores, passou a se debruçar ainda mais sobre as pranchetas. O Projeto BX tinha plataforma do Pólo e inspiração no Golf, ambos alemães. Já o nome Gol partiu da estratégia de marketing, associando carros a esportes (Pólo, Golf, Derby), e qual seria a melhor pedida no país do futebol?


Tudo pronto e em 1980 chega às lojas os primeiros exemplares. Diga-se, não foi um sucesso de vendas logo de cara. “Ainda dispunha de motor a ar e os consumidores esperam uma solução mais moderna, que combinasse com seu design avançado e suspensão tipo Passat” comenta o especialista do Portal Antigo Motors.

Os motoristas pediam mais potência. A montadora atendeu aos pedidos incluindo um segundo carburador. O estepe alojado na dianteira do carro podia parecer um problema, mas bastou inverter a sua posição e ali em baixo, está a força extra. O cuidado mecânico da fábrica, que defendia a facilidade do motor a ar, era tanto que os carros saiam com lacre no motor. “Este carro nunca foi mexido mecanicamente, o lacre continua lá” nos mostra o motorista. Realmente raro de se encontrar.


A estrutura quadrada além de inovadora era inteligente. Pensando em preservar os ocupantes em caso de acidentes, a estrutura se deforma em caso de colisão. “Possui zonas de deformação programada, que vai amassando como a uma sanfona” explica o especialista.

A última leva dos modelos a ar é de 1985, mesmo ano em que foram lançados aqueles com motor a água. A missão do BX era servir de modelo de entrada, entenda mais acessível, cujas diferenças estão nas lanternas traseiras: não tinha luz de ré apenas lentes de cor laranja, a mesma dos piscas traseiros.

A grande virada na vida comercial aconteceu mesmo com o motor a água, o que para a marca significava aceitar aquilo que o mercado inteiro já fazia e ela defendia contra. Mas água mole em pedra dura... “A partir daí, começou a evoluir e poucos foram os anos em que o Gol não foi líder em vendas”.






Agradecimentos a Marcelo Paolillo
Texto: Antigo Motors/ Fernanda Lopes
Fotos: Antigo Motors/ Jocelino Leão