Magazine Luiza Recife

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terça-feira, 14 de junho de 2011

Grandes Clássicos // Plymouth Road Runner

Homenagem ao clássico desenho animado, ele resgatou a essência do muscle car americano


"Bip-bip"! Isso era tudo que o Papa-léguas dizia no desenho animado que levava seu nome. Era também o som da buzina do Plymouth Road Runner, nome original do personagem, que chegava a aparecer nos comerciais de TV do cupê. Lançado para 1968 e baseado no Belvedere, ele oferecia o apelo original dos muscle cars (segmento criado em 1964 com o Pontiac GTO), nível mais simples de itens de série e preço mais atraente. A ideia teve ótima recepção no mercado e na mídia, o que o levaria a faturar o cobiçado título de Carro do Ano da revista Motor Trend, em 1969.

O Road Runner 1968 era equipado com um motor V8 383 (6,3 litros), de carburador quádruplo e 335 cv, suficientes para ir de 0 a 96 km/h em 7,1 segundos. O chassi era reforçado e o câmbio manual tinha quatro marchas. O desenho era atual, com linhas mais retas, colunas traseiras largas e inclinadas, mas sem perder as colunas centrais. A ausência destas era privilégio de outro derivado do Belvedere, o GTX, mais requintado, que formava uma dupla com o Road Runner, mais esportivo. O desenho do personagem Papa-léguas aparecia na tampa do porta-malas, portas e painel. A carroceria hardtop chegou logo no meio do ano. Além de vários opcionais estéticos, havia o V8 Hemi de 425 cv, que acelerava de 0 a 100 km/h em 5,3 segundos.



Com a inclusão do conversível e o prêmio do Carro do Ano, o modelo 1969 levou alguns meses para oferecer também o V8 conhecido como "440+6", com três carburadores duplos e 390 cv. Em 1971 o desenho foi todo atualizado, ficando mais curvilíneo, e passou a existir só como cupê hardtop. O para-choque dianteiro contornava toda a frente e o traseiro incorporava as lanternas. O V8 383 regredia para 300 cv, mas o V8 340 opcional (5,6 litros) de 240 cv surgia como o primeiro motor de bloco pequeno do modelo. Em meio a restrições às emissões, os muscle cars perdiam pique.

O Road Runner 1972 das fotos pertence ao empresário paulista Maurino F. de Souza. Nele sobra espaço no banco dianteiro inteiriço e mole, mais adequado a um sedã familiar, e não faltam câmbio automático e direção hidráulica. Com um ronco encorpado, o V8 340 nem parece motor de bloco pequeno, apesar do seu carburador quádruplo. Seu principal atrativo são os 40 mkgf de torque, percebidos nas respostas rápidas. Em pisos irregulares, o cupê balança como num colchão. Em velocidades altas, essa maciez resulta em saídas de traseira.



O modelo ganhou reestilização mais simples no ano seguinte e desenho todo novo em 1975. A partir de 1976 seu nome passou a identificar um pacote de equipamentos do recém-lançado compacto Volaré. Seus V8 estavam longe da diversão da fase áurea dos muscle cars. Quando saiu de linha, em 1980, o Road Runner deixou a lembrança do Plymouth que resgatou o espírito dos muscle cars unindo baixo preço ao bom humor.




Por Fabiano Pereira | Fotos: Marco de Bari

Grandes Clássicos Brasileiros // Miura Saga

Sem economizar em luxo e tecnologia, a versão Saga do Miura avisava a hora de prender o cinto ou abastecer


"Aqui está uma das maneiras de se dirigir um carro do século 21. A outra é esperar 14 anos." Pode até soar presunçoso, mas o texto do anúncio do Miura Saga de 1986 não estava distante da realidade. O modelo era mesmo um mostruário dos mais sofisticados recursos de bordo para automóveis. Até para os padrões atuais o nível de equipamento do Saga impressiona. Nos anos 80, então...

Revelado no Salão do Automóvel de 1984, a nova versão era o topo de linha da marca - custava 58 milhões de cruzeiros, equivalente a 102 500 reais hoje. O Saga parecia uma versão de três volumes do Targa e do Spider. Sem o vinco diagonal dos outros dois e com frisos que percorriam as laterais, o estilo imprimia discrição, embora a frente pronunciada contrastasse com o volume curto do porta-malas. Mas seu forte eram os itens de série, como teto solar, bancos de couro, ar-condicionado e trio elétrico.



Com o motor 1.8 a álcool do Santana, que estreava nos Miura com o Saga, os 1 200 kg (70 kg mais que o sedã VW) davam trabalho a seus 92 cv - havia ainda a versão a gasolina de apenas 87 cv. Até então os Miura só usavam motores VW 1.6, refrigerados a ar e depois a água. Assim, a esportividade mesmo ficava por conta do visual. O Saga alcançava 175 km/h e ia de 0 a 100 km/h em 13 segundos, segundo a fábrica. O destaque mecânico eram os freios a disco nas quatro rodas, algo que só o Alfa Romeo 2300 Ti4 tinha. Já em 1985 o Saga correspondia a 60% da produção da Miura.


A linha 1986 agregou futurismo ao luxo. Com 42 000 km rodados, o Miura Saga 1987/1988 a gasolina das fotos ao lado exemplifica bem isso. A abertura da porta por controle remoto é um prólogo do espetáculo eletrônico que a maioria dos importados de hoje não oferece. "A regulagem eletrônica de altura do volante transforma a posição baixa em esportiva. Já a alta deixa a direção menos cansativa em trânsito mais pesado", diz o dono, um técnico eletrônico paulista. Acima do rádio, está a pequena TV preto e branco japonesa de série, com tela de 5 polegadas, equivalente à de um celular atual. O toca-fitas Tojo traz equalizador, próximo ao controle do computador de bordo. Com sistema de voz, este avisa o motorista sobre funções como afivelar o cinto de segurança, abastecer, checar temperatura do motor e a pressão do óleo e retirar a chave do contato - o computador também controla o sensor crepuscular. Não faltava nem uma minigeladeira, instalada na lateral esquerda do banco traseiro.

Essa primeira geração durou até 1988, ano em que a Miura passou a adotar o novo motor AP-2000 do Santana. Desde 1987 havia o Miura 787, baseado no Saga, porém 5 cm mais curto, com traseira hatch e aerofólio. Para 1989, o novo Saga ganhou uma traseira em que o vidro emendava com os laterais. Com a abertura das importações, em 1990, ele perdeu o ar de exclusividade e a produção parou dois anos depois, encerrando a história de um carro nacional que mesmo hoje, quase 20 anos depois, causaria inveja a muito importado por aí.





Por Fabiano Pereira | Fotos: Christian Castanho

Audi R8 GT: vendido no Brasil por R$ 1 milhão

Três unidades do cupê já foram encomendadas; GT Spyder custará R$ 1,1 milhão



A Audi aproveitou a corrida 24 Horas de Le Mans, que aconteceu no último final de semana, para lançar oficialmente a versão conversível do cupê R8 GT. O novo GT Spyder traz o mesmo motor do irmão, um V10 5.2 FSI, de 560 cv e 55 kgfm de torque a 6.500 rpm.

Mas o modelo que estará nas ruas brasileiras em breve, é no segundo semestre desse ano é o cupê, com teto rígido. Segundo a Audi, três unidades do R8 GT foram vendidas por R$ 1 milhão. O modelo Spyder chega no ano que vem, por cerca de R$ 1,1 milhão.

O R8 GT acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3,6 segundos e atinge velocidade máxima de 320 km/h. Já o Spyder precisa de 3,8 segundos para chegar aos 100 km/h e alcança 317 km/h. Ambos terão produção limitada a 333 unidades.


R8 GT Spyder é equipado com mesmo motor da versão com teto rígido, um V10 5.2 FSI, de 560 cv

Modelo conversível chega ao Brasil em 2012, por cerca de R$ 1,1 milhão


Auto News

BMW revela edição especial Frozen Black do M3

Cupê superesportivo, pintado em preto fosco, terá apenas 20 unidades


A filial norte-americana da BMW revelou na última sexta-feira (10) a série especial Frozen Black Edition do poderoso cupê M3. O bólido preparado pela divisão esportiva da marca terá apenas 20 unidades produzidas. A série limitada é basicamente uma reedição do M3 Frozen Grey (cinza), lançado nos Estados Unidos há exato um ano. O M3 Black Edition custará US$ 76,6 mil (cerca de R$ 127 mil, sem as taxas de importação).


Comparado ao M3 “normal”, o Frozen Black tem carroceria pintada em preto fosco, imponentes rodas 19’’ e o Competition Package, pacote que inclui suspensão rebaixada em 10 milímetro, além de controles eletrônicos de estabilidade e tração recalibrados – para tornar a condução ainda mais agressiva. Por dentro, a montadora bávara revestiu os bancos esportivos em couro preto com costura vermelha e instalou peças de fibra de carbono no painel, com o intuito de reduzir o peso.

Já o conjunto mecânico não traz modificações. A série usa o mesmo (e nervoso) motor 4.0 litros V8 a gasolina de 414 cv, acoplado ao câmbio robotizado de dupla embreagem e sete marchas. Segundo a fábrica, a versão do superesportivo precisa de apenas 4,5 segundos para arrancar de zero a 100 km/h – dois décimos a menos que o M3 com câmbio manual. A máxima é de 250 km/h, limitada eletronicamente. A pré-venda da série terá início nesta quinta-feira (16).




AutoNews

Domando o Lamborghini Aventador

Aceleramos o superesportivo na pista de Vallelunga, na Itália


Aceleramos para valer o novíssimo Lamborghini Aventador. O lançamento internacional foi realizado em Roma, no final de abril. Lá, tivemos a oportunidade de experimentar o superesportivo durante um dia inteiro na pista de Vallelunga, nas proximidades da capital italiana. A reportagem completa você confere na edição de junho da revista Autoesporte, nas bancas.

O cupê de dois lugares tem motor V12 de 700 cavalos, instalado atrás dos bancos. A carroceria é de fibra de carbono, os freios são de cerâmica e a tração está nas quatro rodas. O Aventador deve chegar ao Brasil em setembro, por cerca de R$ 2,6 milhões.

Para o vídeo, utilizamos nosso VideoVBox, equipamento dotado de duas câmeras e dois microfones. A pedido da Lamborghini, não instalamos a antena do GPS, que permitiria também acompanhar a velocidade e a força G em cada ponto da pista.



Do G1.

Esportivada Auto Esporte - Aqui vem que tem




Do G1.

Novo Kia Coupe desembarca no Brasil



Do G1.

Duelo entre carros de guerra




Do G1.

Fittipaldi leva jornalistas a 'passeio' a quase 230 km/h em Indianápolis

Corpo 'gruda' no banco quando campeão acelera Camaro conversível.
Piloto é homenageado nos 100 anos das 500 milhas; prova é no domingo.


Emerson Fittipaldi entrou no carro madrinha das 500 milhas de Indianápolis com dezenas de câmeras e máquinas fotográficas voltadas para ele. Bicampeão da competição automobilística, o brasileiro é um dos símbolos do centenário da corrida, comemorado neste domingo (29), assim como dos 100 anos da marca Chevrolet, criada pelo piloto Louis Chevrolet, que competia nas 500 milhas ao lado dos irmãos Arthur e Gaston.

Arthur participou da primeira prova em 1911 em um carro preparado por Louis. Gaston foi campeão em 1920. Fittipaldi foi o vencedor das edições de 1989 e 1993. Durante as festividades de comemoração dos dois centenários, o G1 pegou carona com Fittipaldi para conhecer o pace car da prova deste ano, o Camaro Convertible. O circuito, três voltas na pista oval de Indianápolis.

Perto de Fittipaldi, o Camaro virou coadjuvante. Sob aplausos, o brasileiro colocou o carro a postos para mostrar sua habilidade a fãs e jornalistas. Embora as manobras audaciosas tenham sido o ponto mais emocionante da "brincadeira", o carinho do público norte-americano com o piloto impressiona a ponto de emocionar qualquer um.

Ao entrar no carro, a reportagem do G1 é recebida por Fittipaldi com um sorriso e o conselho de segurar firme. Mas ele nem precisava ter advertido os passageiros. Na primeira acelerada, o motor V8 de 460 cavalos do pace car deixa o corpo grudado no banco. "Faz muito barulho" foi a primeira frase dita pelo piloto, que tentava falar mais alto do que o som do vento no conversível a quase 230 km/h.

O piloto ressaltou os desafios da pista oval de Indianápolis, que incluem a alta velocidade e as decisivas retomadas. Características bem observadas pelo G1, mesmo "a passeio" no pace car. Enquanto passageiros se seguram no banco e tentam apreciar a pista, Fittipaldi pisa fundo no acelerador, sem dó do carro. Para ele, a máquina parece ser a extensão de seu corpo. O brasileiro se diverte na pista, dançando de um lado para o outro. Algumas vezes, com apenas uma mão no volante, já que com a outra gesticulava empolgado ao falar sobre as 500 milhas.

Para quem está ao lado, o balé dá frio na barriga, especialmente quando o carro passa rente ao gramado à esquerda ou, ainda pior, ao muro que delimita o circuito à direita. "O que este homem está fazendo?" é uma pergunta recorrente na mente do carona a cada manobra. Mas o alívio também é constante, basta olhar para o lado. Afinal, o motorista da vez é o bicampeão, que adora acelerar e acabar com qualquer pneu. Em poucas voltas que fez, foi preciso encostar o carro madrinha da prova por causa dos pneus gastos.

O vento levou muitas das explicações do experiente piloto – o barulho era tanto que não dava para ouvir muita coisa –, mas o frio na barriga das curvas de Indianápolis já bastam para entender o que Fittipaldi, os irmãos Chevrolet, a brasileira Bia Figueiredo ou qualquer outro piloto sentem ao largar rumo às 500 milhas – ou aos 805 quilômetros.


História das 500 milhas de Indianapolis
A corrida inaugural da chamada Indianapolis 500 aconteceu no dia 30 de maio de 1911. Mais de 85 mil pessoas foram assistir à prova, que durou seis horas e 42 minutos e acabou com a vitória de Ray Harroun. O piloto ajudou a desenhar o carro, que tinha como avanço tecnológico o primeiro espelho retrovisor. Ao longo dos anos, o circuito ganhou reconhecimento e chegou a fazer parte do Grande Prêmio de Fórmula 1, entre 1950 e 1960.

Atualmente, o autódromo da cidade, o Indianapolis Motors Speedway, tem capacidade para abrigar cerca de 350 mil pessoas. O estádio do Maracanã, por exemplo, pode receber até 80 mil. Uma vez por ano, sempre em maio, a típica cidade interiorana dos Estados Unidos se transforma para receber os fãs da corrida. A mudança começa na porta das casas, com enormes bandeiras de boas-vindas ou "welcome".

Do G1.

Camaro conversível 'bate' o tradicional;

Câmbio mecânico é destaque do modelo com teto retrátil à venda nos EUA.
Mais de 1,2 mil unidades da versão cupê já foram comercializadas no Brasil.


Lançar o Camaro conversível no Brasil é visto como um delicado desafio pela General Motors. Segundo o vice-presidente da montadora no país, Marcos Munhoz, um volume de cerca de 50 unidades vendidas por mês poderia até justificar a importação da versão com teto retrátil do muscle car, mas essa é uma meta considerada audaciosa. A opção "tradicional", a cupê, ultrapassou 1,2 mil unidades no mercado brasileiro de outubro, quando foi lançada, até o mês passado, incluindo encomendas.

Trazer mais um ícone da marca para reforçar sua imagem seria uma possível justificativa dos próprios executivos da GM para a vinda do conversível. O argumento é reforçado pelo fato de esse nicho ter começado agora a atrair mais a atenção do brasileiro. Em contrapartida, dois aspectos ainda pesam muito na hora da escolha: violência urbana e altas temperaturas.

Enquanto a GM faz mistério sobre a vinda do carro, o G1 conferiu o desempenho do modelo nas ruas de Indianápolis, nos Estados Unidos, e compara o carro com o modelo cupê disponível no Brasil. As duas versões testadas foram da configuração topo de linha, a SS. No entanto, no caso do conversível, o câmbio é manual e, no Camaro SS, automático. Ambas são transmissões de seis marchas.


Os dois modelos possuem o mesmo motor V8, o mesmo acabamento interno e as mesmas dimensões. A grande diferença está na capota retrátil de lona. Aliás, quem entra no carro pela primeira vez tem que estar consciente de que não se trata de um modelo de luxo, mas sim de um carro esportivo com linhas bem chamativas.

Por isso, não é de se estranhar o largo uso de plástico no interior, mas muito bem adornados com detalhes em resina, luzes de LED nas portas, mostradores analógicos que apontam pressão e temperatura do óleo, voltagem da bateria e temperatura do fluido de transmissão das marchas, e painel de instrumentos com design típico de muscle cars como Camaro, Mustang e Challenger.

Definitivamente, as duas versões foram desenvolvidas tanto para quem está tanto do lado de dentro quanto de fora do carro. O design premiado chama a atenção de qualquer pedestre. E não só no Brasil, que não tem tradição nesta categoria de carro: mesmo em ruas nos EUA o modelo atrai olhares e até perguntas como se era a versão 2012 - no caso, foi o modelo 2011.


Do lado de dentro

A posição de dirigir difere de um carro normal por ser bem mais baixa. Mas uma postura confortável para guiar é facilmente encontrada. Dimensões bem visíveis e sensores de ré contribuem bastante para isso, mas o que faz a diferença no conforto são as oito regulagens elétricas para o banco do motorista. Já o do passageiro conta com duas. Além disso, o volante tem ajuste de profundidade.

No banco traseiro, até dá para levar duas pessoas de carona, mas é apertado. No caso da versão Convertible, o passageiro fica mais confortável só quando a capota está aberta, pelo simples fato de não ter teto para bater a cabeça. De qualquer forma, todos os bancos são ergonomicamente bem projetados e revestidos em couro.




Capota fácil de usar, mas lenta

A capota é um charme que compensa. O sistema de abertura do teto é muito simples e fácil de manusear. Basta destravá-la por uma alavanca e acionar um botão para abrir e fechar a capota sem esforço.

A parte chata é a demora para isso tudo. São 20 segundos em cada movimento. Isso em grandes capitais, como São Paulo, é um ponto fraco pelo risco à segurança.

Mesmo em caso de pancadas de chuva, a demora faz diferença. Aliás, nesse caso, a demora é agravada pelo fato de que você só consegue ativar o sistema (tanto para abrir quanto para fechar) com o carro totalmente parado. Ou seja, até achar um lugar para estacionar, a chance de você ficar ensopado, assim como o carro, é grande.




Desempenho

As duas versões são equipadas com o V8 6.2, que desenvolve 406 cavalos de potência a 5.900 rpm e 56,7 kgfm de torque a 4.200 rpm. O Camaro acelera de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos e tem velocidade máxima limitada eletronicamente a 250 km/h.
De forma geral, os dois carros são muito prazerosos de se dirigir, sobretudo pela habilidade de se fazer manobras e pela estabilidade. Em curvas acentuadas, o carro gruda no chão, assim o condutor pode acelerar confortavelmente.

Os carros vêm de série com airbags, sistema de freios ABS e controles de estabilidade e de tração. Neste caso, eles podem atuar em dois níveis diferentes, para se ter uma direção mais esportiva.

O computador de bordo tem sete funções apresentadas em uma tela de cristal líquido e no Head-Up Display (HDU), um dispositivo que projeta todas as informações sobre o carro no para-brisa do veículo.

Câmbio faz diferença

A única diferença na parte mecânica entre os dois carros avaliados é a transmissão. No Brasil, não há a opção de câmbio manual, o que faz falta. Como se trata de um motor V8, é natural que a embreagem seja mais pesada. Mas o motorista logo se acostuma com a "pegada" do sistema.

O encaixe das marchas é acertado, com trocas precisas que lembram as do Astra, vendido no Brasil. Com a força do V8, as retomadas são extremamente rápidas. Não que o câmbio automático seja ruim, mas, mesmo com a opção das borboletas no volante para a troca de marchas, ele deixa a desejar no quesito esportividade.

Sistema de som e rádio-satélite

Já o sistema de som tem disqueteira para seis discos, MP3 player, entrada USB, Bluetooth e nove alto-falantes, que garantem a qualidade do som mesmo com a capota aberta, no caso do conversível.

Nos EUA, o carro conta ainda com a vantagem do rádio-satélite Syrius. Ele opera na frequência XM — no Brasil só existem FM e AM. O diferencial é que você pode sintonizar rádios segmentadas que abrangem o país inteiro. Assim, é possível escutar uma rádio que toca apenas músicas de Elvis Presley e ir da costa oeste à leste sem interrupções de sinal. O repertório vai de música gospel a doom metal.


OnStar

Ainda nos EUA, o Camaro conta com o sistema OnStar, um serviço que localiza o carro ou orienta motorista e passageiros em casos de emergências, como acidentes. Ele também funciona como um GPS personalizado. Essa função foi testada pelo G1 e se mostrou muito eficiente. Basta apertar um botão localizado no espelho retrovisor do carro.

Por comando de voz, você informa o seu destino e a rota é automaticamente calculada. O computador passa além das instruções de caminho, quanto tempo o percurso vai durar e quantas milhas faltam para o próximo ponto onde terá de virar ou fazer qualquer outro tipo de manobra. Se o sistema não acha o local, ele encaminha a uma central de atendimento. O serviço custa cerca de US$ 25 por mês.

Balanço final

Se a GM decidir vender o Camaro Convertible no Brasil, o consumidor terá uma opção do muscle car muito mais esportiva e divertida. Tudo dependerá, obviamente, do gosto e do tamanho do bolso do interessado. Se o Camaro SS custa R$ 185 mil, o Convertible SS não sairia por menos de R$ 230 mil — nos EUA, ele custa US$ 40.625 (R$ 70 mil, sem considerar alíquota de importação, IPI e ICMS que incidem no valor do veículo quando este entra no Brasil). Ainda que a montadora não traga o novo modelo, poderia diversificar a linha no país e importar a versão com câmbio manual. Ela realmente faz falta.

Do G1.