Totalmente renovado, o sedã cresceu para tentar se aproximar dos líderes da categoriaAté o fã mais fanático da Volkswagen admite que o Jetta não emplacou no Brasil. Embora fosse bonito e oferecesse predicados como o acabamento esmerado e a qualidade de construção, ele era caro demais. Seu preço se aproximava demais dos valores pedidos por sedãs maiores, mais requintados e prestigiados do que o VW.
Diante deste retrospecto, o novo Jetta chega ao mercado brasileiro para tentar escrever uma nova história. A montadora alemã aposta num carro maior e mais barato, com duas versões de acabamento - batizadas de Comfortline e Highline - e preços que variam entre 65.755 e 89.520 reais, sem opcionais.
No visual, as linhas esportivas foram trocadas por uma aparência mais sóbria. A sexta geração do Jetta ganha identidade própria pela primeira vez desde seu lançamento, em 1979. Na prática, isso significa que o carro deixa de parecer um Golf sedã, embora siga as tendências de estilo adotadas pela marca recentemente. Os sinais de parentesco são facilmente percebidos, tanto no formato horizontal da grade dianteira quanto no desenho retilíneo dos faróis.
A lateral não tem surpresas e a parte de trás exibe lanternas que lembram os carros da Audi. No tamanho, o Jetta cresceu: agora são 4,64 metros de comprimento e 2,65 metros de entre-eixos, ante 4,55 metros e 2,58 metros da quinta geração. Por dentro, a aparência comportada condiz com o exterior. O quadro de instrumentos usa a simplicidade a seu favor, pois facilita a leitura de todas as informações. Todos os comandos são intuitivos e estão ao alcance das mãos, num bom exemplo da racionalidade que caracteriza os carros das marcas alemãs. Já o acabamento não é pobre, mas peca pelo uso de plásticos rígidos demais para um sedã com pretensões de ser requintado.
O novo Jetta possui duas opções de motorização. A versão Comfortline é equipada com o motor EA-111 2.0 Flex, usado em velhos conhecidos dos brasileiros, como o New Beetle e o Bora (que deixa de ser vendido com a chegada do novo sedã). O conjunto rende 120 cv com etanol e 116 cv bebendo gasolina. O motorista pode optar entre o câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis velocidades. A versão Highline usa motor e transmissão vindos de outros modelos do Grupo VW, como o utilitário esportivo Tiguan. Trata-se do 2.0 de quatro cilindros, com turbo e injeção direta de combustível, que entrega 200 cv somente com gasolina. Seu câmbio é automatizado de dupla embreagem com seis velocidades, que garante trocas de marcha mais rápidas e precisas, principalmente quando o condutor usa as borboletas atrás do volante.
No test-drive realizado na rodovia Mogi-Bertioga, foi possível constatar que o motor 2.0 Turbo tem fôlego de sobra. As ultrapassagens são realizadas sem dificuldades e é necessário dosar a força empregada no pedal do acelerador para não infringir as leis. A suspensão que privilegia uma tocada mais esportiva deixa a condução ainda mais prazerosa.
Sobre o pacote de equipamentos de série, a lista é generosa. O Jetta Comfortline tem ar-condicionado digital, direção eletro-hidráulica, freios ABS, controle de tração (ASR), volante revestido em couro, rádio CD Player com reprodução de arquivos em MP3, computador de bordo, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, coluna de direção com regulagem de altura e profundidade, rodas de liga leve e quatro airbags, entre outros itens. A versão mais luxuosa adiciona itens como dois airbags do tipo cortina, controle de estabilidade (ESP), ar-condicionado com duas zonas de regulagem de temperatura e saídas para o banco de trás, piloto automático, bancos de couro, sensores de chuva e crepuscular (que acendem os faróis em ambientes escuros), volante multifuncional - com comandos de som e Bluetooth - e sistema de som com tela sensível ao toque e oito alto-falantes.
Veja abaixo os preços sugeridos de todas as versões do novo Jetta:
Volkswagen Jetta Comfortline 2.0 (manual): R$ 65.755
Volkswagen Jetta Comfortline 2.0 (automático): R$ 69.990
Volkswagen Jetta Highline 2.0 Turbo (automático): R$ 89.520
Fonte: Revista Quatro Rodas